Writing, Flying and Huevos Revueltos

October 30, 2006

October 26, 2006

Mémoires, Casanova (vers 1790)

" Cultiver le plaisir des sens fut toujours ma principale affaire : je n’en eus jamais de plus importante. Me sentant né pour le beau sexe, je l’ai toujours aimé et m’en suis fait aimer tant que j’ai pu. J’ai aussi aimé la bonne chère avec transport, et j’ai toujours été passionné pour tous les objets qui ont excité ma curiosité. J’ai eu des amis qui m’ont fait du bien, et le bonheur de pouvoir en toute occasion leur donner des preuves de ma reconnaissance. J’ai eu aussi de détestables ennemis qui m’ont persécuté, et que je n’ai pas exterminés parce qu’il n’a pas été en mon pouvoir de le faire. Je ne leur eusse jamais pardonné, si je n’eusse oublié le mal qu’ils m’ont fait. L’homme qui oublie une injure ne la pardonne pas, il oublie; car le pardon part d’un sentiment héroïque, d’un cœur noble, d’un esprit généreux, tandis que l’oubli vient d’une faiblesse de mémoire, ou d’une nonchalance, amie d’une âme pacifique, et souvent d’un besoin de calme et de tranquillité; car la haine, à la longue, tue le malheureux qui se plaît à la nourrir.
Si l’on me nomme sensuel, on aura tort, car la force de mes sens ne m’a jamais fait négliger mes devoirs quand j’en ai eu. [...]. "
Com esta aqui, eu quase morri de rir, e tomei a fina decisão de surrupiar do Copy &Paste:
Cemiteriedade
O Pessoal lá do cemitério, está meio encanado com a gente desde que começou a reforma do túmulo do meu avô. O primeiro que começou a reforma faleceu e deixou a gente na mão, então tivemos que contratar outro. Quando foi pra fazer a exumação do corpo, o outro foi mordido por escorpião e agora que um terceiro assumiu, foi internado ontem, chegou louco no cemitério e precisou ser levado pro hospital de camisa de força. Diz meu pai que hoje, quando ele chegou no cemitério, levando as plaquinhas de cobre pra colocar no túmulo, os coveiros se esconderam com medo de serem contratados por ele.O administrador do cemitério disse pro meu pai, que era melhor contratar um inimigo pra terminar o serviço, assim já fazia dois trabalhos de uma vez. As plaquinhas voltaram, ninguém quis colocar e meu pai disse que também não vai colocar não e perguntou se a empregada não quer ir lá fazer o serviço, ela disse que vai mandar o ex-marido: - Pelo menos ele não fica com aquela vaca!

Beleza dos números

O Hayama me enviou esta. Vou colocar aqui porque achei muito interessante.

1 x 8 + 1 = 9
12 x 8 + 2 = 98
123 x 8 + 3 = 987
1234 x 8 + 4 = 9876
12345 x 8 + 5 = 98765
123456 x 8 + 6 = 987654
1234567 x 8 + 7 = 9876543
12345678 x 8 + 8 = 98765432
123456789 x 8 + 9 = 987654321

1 x 9 + 2 = 11
12 x 9 + 3 = 111
123 x 9 + 4 = 1111
1234 x 9 + 5 = 11111
12345 x 9 + 6 = 111111
123456 x 9 + 7 = 1111111
1234567 x 9 + 8 = 11111111
12345678 x 9 + 9 = 111111111
123456789 x 9 +10= 1111111111

9 x 9 + 7 = 88
98 x 9 + 6 = 888
987 x 9 + 5 = 8888
9876 x 9 + 4 = 88888
98765 x 9 + 3 = 888888
987654 x 9 + 2 = 8888888
9876543 x 9 + 1 = 88888888
98765432 x 9 + 0 = 888888888

Brilhante, não é? E, finalmente, olhe essa simetria:

1 x 1 = 1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12321
1111 x 1111 = 1234321
11111 x 11111 = 123454321
111111 x 111111 = 12345654321
1111111 x 1111111 = 1234567654321
11111111 x 11111111 = 123456787654321
111111111 x 111111111=12345678987654321

October 24, 2006

Comprar produtos da Ayurveda, online

P/ quem está atrás de produtos da Ayurveda, uma boa opção é o site Bazaar of India.

Para o turista brasileiro não dar gafe em Portugal:

Tirei da Época Online algumas palavras traiçoeiras para o turista brasileiro não dar gafe em Portugal:
Açafate - cesta de pão
Aldrabão - malandro, trapaceiro
Alguidar - bacia
Andar - apartamento
Banheiro - salva-vidas
Biberón - mamadeira (vem do francês biberon)
Bica - cafezinho expresso
Casa de banho - banheiro (talvez seja influência do francês salle de bains)
Chapadas - bofetadas
Chumeco - sapateiro (do inglês shoemaker)
Copo d'água - festa íntima de casamento para poucos convidados
Descapotável - conversível (vem do francês décapotable)
Dar à perna - sair
Durex - preservativo, camisinha
Estojo - mocréia, mulher feia
Estou-me nas tintas - estou pouco me lixando
Galego - bronco, trabalhador braçal, peão
Infantário - escolinha maternal
Jornaleiro - trabalhador volante do campo
Latagão - marmanjo
Magoar-se - machucar-se fisicamente (não sei se tem algo à ver, mas a palavra francesa blesser pode significar tanto magoar no sentido de machucar-se emocionalmente quanto fisicamente)
Mulher a dias - faxineira
Padeiro - mau motorista, barbeiro
Passar pelas brasas - cochilar
Pia - espécie de ralo, fora da cozinha, onde se jogam as águas servidas
Pinoca - engalanado
Pires - cafona, brega
Portagem - pedágio
Queca - cópula (no interior da Bahia, puta)
Retrete - vaso sanitário
Sertã - frigideira
Sopeira - cozinheira ou empregada de cozinha
Travões - freios
Agora, estas eu já conhecia:
Bicha - fila de ônibus, banco, etc.
Paneleiro - homossexual
Puto - menino
Pequeno almoço - café da manhã (influência do francês petit déjeuner?)

Governo de Quebec promove palestras sobre processo de imigração aberto a brasileiros

À partir do próximo dia 6 de novembro, quatro representantes da Província do Quebec, no Canadá, irão ministrar palestras pelo Brasil sobre programas de imigração aberto a brasileiros. O Rio de Janeiro será o primeiro estado a sediar os encontros.
A iniciativa tem por objetivo incentivar a imigração legal para a província. A participação é gratuita e os encontros terão duração de 90 minutos cada. A única exigência é se inscrever previamente no site www.imigracao-quebec.ca. O local e o horário serão posteriormente enviados por e-mail aos interessados.
Durante o encontro, os participantes receberão informações sobre o processo de seleção, o qual esta baseado em critérios como formação técnica ou acadêmica, experiência de trabalho, recursos financeiros, idade e conhecimento dos idiomas francês e inglês.
O processo de seleção dura, em média, 12 meses. Os brasileiros partem do Brasil com um visto de residência permanente, que permite viver e trabalhar legalmente na maior província canadense. Após três anos de residência no Canadá, é possível solicitar a cidadania, com direito a passaporte canadense e obter a dupla cidadania.
Confira as datas das palestras:
Rio de Janeiro - 6, 7 e 8/11; São Paulo - 10, 20 e 21/11; São José dos Campos (SP) - 6/11; Curitiba (PR) - 22 e 23/11; Brasília (DF) - 27 e 28/11; Belo Horizonte (MG) - 29 e 30/11; Salvador (BA) - 4 e 5/12 e Recife (PE) - 6 e 7/12.

October 23, 2006

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Excelente o filme de Sophie Deraspe, Rechercher Victor Pellerin!!!

Sem tempo p/ entrar nos detalhes, deixo uma nota: excelente o filme de Sophie Deraspe "Rechercher Victor Pellerin" !!! Tive um real prazer em assistí-lo, de verdade! A história nos seduz à cada instante.
E pensar que eu iria estar presente na vernissagem de 'Victor', em 2005.. (apareceria eu?) nas cenas do início e do final... mas eu estava tão "maganê" que era preferível não aparecer ! Tinha um outro compromisso naquele dia.
Depois do filme, fomos comer sushi no Village, esqueci o nome do restaurante. Muito gostoso mesmo, e o garçon era muito bonito...

October 22, 2006

'Rechercher Victor Pellerin' - Dona Orpheline/Sheila Ribeiro

Recebi uma msg da minha amiga Sheila Ribeiro, da compagnia de dança contemporânea Dona Orpheline (dona orpheline cria e produz instalações coreográficas, espetáculos de dança contemporânea e vídeos-dança), avisando que o longa metragem 'Rechercher Victor Pellerin', no qual ela é uma das atrizes principais, está em cartaz no Festival du Nouveau Cinema de Montréal.
Se quizerem vê-la, virtualmente, é só clicar aqui .
Sessão hoje, domingo, 22 Outubro, às 19h00 no Ex-Centris - Cassavetes.
E amanhã, segunda-feira, 23 outubro, às 12h30, no Ex-Centris - Cassavetes.
+55 11 3063-5337
+55 11 8447-9370

October 21, 2006

Poesia do mito, uma complexa associação de idéias (4)

Lousnak

Lousnak
Ela é noturna e fascinante; suas canções não deixam ninguém indiferente. Seu canto é emotivo, muito suave, doloroso, cheio de silêncios e poesia. Pintora e atriz (Ararat, de Atom Egoyan), mas sobretudo cantora, seu nome significa "pequena lua" e sua música possui uma alma. De origem armeniana, ela vive em Montreal há mais de vinte anos, mas ao ouví-la, nós somos imediatamente transportados à um outro mundo, docemente sombrio, docemente melancólico, feito de beleza e profundidade.

Poesia do mito, uma complexa associação de idéias (3)

K.
Parque du Mont-Royal, 2000
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Poesia do mito, uma complexa associação de idéias (2)

Hécate
Mágica, caótica, imprevisível, Hékate ensinava a alma a recordar suas vidas passadas, sendo uma divindade subterrânea, quer dizer, ctônica. As divindades ctônicas residiam abaixo da superfície da terra, concernadas com o básico da vida: fertilidade, parto, colheitas, destino e morte, faziam germinar e frutificar as possibilidades de tudo que é material ou abstrato.
O próprio Zeus, que portanto não se submetia à nenhum outro ser, rendia culto à Hécate, com quem compartilhava o poder de conceder ou reter os desejos humanos e os domínios do mundo. Deusa Tríplice, em trindade com Perséfone e Deméter, ela não reinava apenas sobre o mundo da magia e da morte, mas sobre tudo que dizia respeito ao nascimento, renascimento e renovação. Em algumas versões, ela era mãe de Scyylla, e filha de Perseu e Astéria; em outras, filha de Nyx, a noite profunda e antiga do inconsciente.
Sua origem remonta, historicamente, aos karianos da Ásia menor, chegando em Grécia no século 6 a.c. . Hekat, uma antiga palavra egípcia que significa "Todo o poder", pode ser a origem do nome Hécate. Em alguns lugares da Tessália, ela era cultuada sómente por mulheres, nas noites de lua cheia.
Os mitos gregos atribuem-lhe a concessão da prosperidade material, o dom da eloquência nos discursos, a vitória nos campos de batalhas, assim como o acesso à memória do Inconsciente Coletivo e das forças primitivas. Representada carregando torchas acessas cuja luz indica o caminho à seguir na vasta escuridão de nosso ser interior, acompanhada por espíritos e lobos que uivam, Hécate é a imagem invencível de uma guardiã do mundo subterrâneo que envia sabedoria intuitiva e sonhos proféticos p/ a humanidade. E visão inspirada aos artistas.

Poesia do mito, uma complexa associação de idéias (1)

Julia Margaret Cameron
The Kiss of Peace, 1869

"Be it addressed to the eye, ear, or mind only; be it a song of Handel, a painting of Reynolds, or a verse of Shakespeare; if it " transport our minds beyond this ignorant present" , if it full us with consciousness of immortality, or the pride of knowing right from wrong, it is to us, to all intents and purposes, poetry. Nor is it anything uncommon in language to apply the term to these arts. We hear of the poetry of sculpture, the poetry of painting.”
J. Keble, Occasional Papers and Reviews (Oxford, 1877) p. 152-153

As palavras de John Kebler, líder do Movimento de Oxford, refletem o pensamento de Julia Cameron. E resumem o seu trabalho. A poesia do mito, de acordo com Kebler, nos transporta, e inspira uma complexa associação de idéias ligadas à moral e à espiritualidade. Esta teoria foi defendida por David Hartley em Observation on Man, em 1749. Julia Cameron e seu marido, Charles Cameron, foram fortemente influenciados pela teoria de David Hartley; eles eram amigos de Henry Taylor, que mantinha relações estreitas com os escritores Coleridge e Wordsworth, e que também foram fortemente influenciados por Hartley. Charles Cameron escreveu, em 1824, um ensaio intitulado Essay on the Sublime and Beautiful.

Julia Cameron
Para muitos, sua técnica era imperfeita, mas é justamente esta 'imperfeição' que gera a poesia e a beleza das imagens de Julia, que começou a trabalhar com fotografia em 1863 e nomeia seu trabalho de 'Arte Divina'. Vaporosas, suas imagens têm uma 'nebulosidade' intencional que nos conduz à uma atmosfera romântica e mística de inspiração intemporal.
Leitora de Keats e de Tennyson, ela fazia parte de um grupo de pessoas que propunham questionamentos e reflexões sobre a poesia, literatura e arte em geral. Graças à sua técnica e tenacidade, Julia Cameron forneceu uma preciosa contribuição para a estética na arte fotográfica e seus trabalhos continuam inspirando artistas contemporâneos.
Mulher forte e dotada de un temperamento ardente, ela começou a trabalhar com a fotografia aos quarenta e oito anos. Com a sua família, suportava frequentemente dificuldades financeiras, mesmo tendo ajuda financeira de Lord Overstone, à quem escreveu : "... so, I suppose I must suppress my ambition and stop, but it is an art full of mystery and beauty... " .
(NOTA : Este texto é um extrato de um projeto universitário, 'HISTOIRE DE LA PHOTOGRAPHIE (1830 - 1940) - JULIA MARGARET CAMERON ET LES PRÉRAPHAÉLITES', escrito por mim, e que foi impresso em 1996 pela Université du Québec à Montreal. Cópias interditas, of course!).

October 20, 2006

Filme: The Navigator, de Vincent Ward

Dia sombrio, fríissimo, chuvoso e começando à nevar. Abri um armário que se encontra no KGB e aonde estão arquivados grande parte do meu material video, algumas cassetes estão lá aposentadas depois de anos. Encontrei de tudo, e passei parte do dia visionando algumas cassetes já esquecidas. Em 1996 fiz um video de 6 minutos, Le Chant de la Sibylle, cujo som é do Kronos Quartet. Na época, quando tive a idéia de escrever-lhes p/ pedir autorização p/ usar o material, um eco de opiniões divergentes se faziam ouvir no horizonte: diziam-me que uma artista literalmente desconhecida pelo grupo não poderia obter facilmente tal autorização. Mas eu consegui! -a carta encontra-se nos meus arquivos e eu já tinha me esquecido desta estória.- P/ entender o drama que se passava naquela época em relação à este projeto, basta dizer que a música não era finalmente um fundo sonoro pois eu estava terrivelmente inspirada por ela; o tratamento das imagens assim que a montagem foram tratados como um acompanhamento. Os textos foram tirados do La Jeune Parque, de Paul Valèry. Em resumo, se eu não tivesse tido a autorização, teria simplesmente que encostar o video.
Então, foi nesta situação de encantamento e curiosidade que eu redescobri o The Navigator, de Vincent Ward no meu armário. A cassete estava lá, empoeirada, atrás da Maison de Redressement, de Francisco Ruiz de Infante. Um e outro foram trabalhos inesquecíveis p/ mim. Eu tinha colocado estes dois documentos com dois outros cassetes, entrevistas com Paul Auster e Elisabeth Badinter. Visionei um pouco cada uma das cassetes mas infelizmente elas tinham sofrido bastante com o frio do local. O material ficou danificado -imagino que tenha sido o frio e a mudança de temperatura radical-. Mas foi o suficiente p/ eu me certificar do imenso talento de Vincent Ward nesta inesquecível odisséia medieval, como ele mesmo entitulou este seu trabalho.
O Navegador, o filme que colocou Vincent Ward entre os cineastas mais inovadores e competentes deste século, é um filme sobre os sonhos, a morte, as relações interpessoais, a força do coração humano e também sobre a procura por uma espécie de transcendência. O filme fala igualmente sobre a percepção da finitude e da complexidade do universo que nos rodeia.
Enfim, conto místico contemporâneo que se passa no século 14 durante a devastação da peste negra, o filme é uma das obras mais alucinantes já filmadas; a história é uma aventura aonde misturam-se fé, ciência, religião, misticismo, realismo histórico e aventura moderna, criando uma obra visualmente deslumbrante, sem aqueles efeitos especiais gênero gadget que eu tanto detesto; Ward trabalha com contrastes : a fotografia em preto e branco carrega oposições de sombras e paisagens cobertas de neve, o céu cinzento e a luz fantasmagórica de lampiões que queimam em cavernas obscuras. Expressionista, o filme é em realidade uma parábola sobre o ser humano na tentativa de compreender tanto seu universo imediato, como o universo infinito no qual vivemos subjulgados à forças complexas, assim que os possíveis universos paralelos à nossa própria realidade.
O dia à dia áustero, em preto e branco, do povoado do personagem medieval Griffin contrasta com suas alucinações coloridas de um outro mundo no qual ele visiona a esperança de uma salvação contra a peste negra; suas visões quebram esta austeridade e aprofundam a narrativa em cavernas subterrâneas que se aparentam simbolicamente às profundezas humanas, e através das quais os pelegrinos do povoado alcançam um universo moderno e imcompreensível p/ suas mentes medievais que, portanto, cultivam ainda a fé, único motor catalisador de esperança.
Assim como Einstein, a estória nos diz que tudo é relativo.

4ª Semana Nacional pela Democratização da Comunicação


Site Web da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação

Nove famílias brasileiras têm o total contrôle das principais empresas e meios de comunicação do país enquanto 175 milhões de pessoas escutam, caladas. É justo? É normal? Não é.
Como reação e partindo à procura de soluções p/ contrabalançar este fato, um coletivo constituído por organizações, redes e fóruns, espalhados pelo país, foi criado e decidiu-se organizar a 4ª Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, aonde vai rolar debates sobre o assunto.

October 18, 2006

Fotos no blog

Eu aqui quebrando a minha digna cabeçinha com um WebSite multimídia que estou realizando, e me dá uma daquelas irritações -forma educada de dizer ojeriza- da tecnologia e do que não funciona porque sempre tem algo que não funciona quando a gente trabalha com multimídias. Aí, p/ espairar, eu vou dar um tempo e fazer uma pesquisa na net. Indo e vindo, dou de cara com um blog aonde o cara diz essa, em outras palavras, é claro, porque não me lembro da frase exata: "as pessoas colocam fotos no blog quando não sabem o que escrever!!!!!!!!!!!".
O ponto de exclamação é meu.
Eu tenho tanto trabalho p/ colocar imagens no meu blog! Se fosse por preguiça ou falta de inspiração, entre escrever ou trabalhar imagens, eu sou mais rápida e eficiente na escrita, embora seja também super rápida e eficiente no trabalho com imagens. Perco muito tempo na optimisação de uma imagem principalmente, e na transferência p/ o computador. Além de que sempre guardo as minhas imagens em várias qualidades e tamanhos, p/ impressão, p/ o web, mas também p/ o blog pois a imagem deve ser ainda mais leve num blog do que num simples site. E escrevo numa rapidez que dava inveja aos meus colegas da universidade, da escola, e na minha vida toda; e ainda dá. Aliás, eu sou eficiente demais p/ escrever e p/ cozinhar. Escrevo rápido, e não tenho nenhuma dificuldade.
Quando não escrevo no blog é por falta de tempo, mas principalmente porque tenho coisas mais interessantes p/fazer como sair e ter um bom papo com gente real. Ôxe! E quando coloco uma imagem, é uma opção assim como é a escritura de um texto. Eu não escrevo p/ encher linguiça, como não coloco imagens p/ não encher linguiça.
E outra coisa mais: imagens são também uma forma de escrita, e boas imagens, requerem tempo e dedicação, assim que a boa escrita, viu?
Mando ou não mando p/ ele este comentário? O pior é que nem sei mais quem foi....
K.
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Apdeites

Muito bom o artigo: CopyScape, ou copiar e escapar?, do Apdeites
K.
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October 15, 2006

Le Grand Meaulnes



Li o livro quando era adolescente, e com ele carreguei esta coisa indescritível que corrói minha alma inundando-a de nostalgia de coisas esquecidas. Hoje, só o sentimento persiste. Depois, vi na sessão da tarde o filme de Jean-Gabriel Albicocco. As imagens estão na minha cabeça; só não sei se fui eu quem as criou depois de ler o livro. Minha memória me trai?
Agora, soube que fizeram um novo filme, que já está em cartaz na França. Ninguém ainda me disse se é bom ou não. Estou curiosa, mas isso me soa como traição. Tinha acostumado-me à viver com as lembranças deste primeiro filme, destas imagens que ficaram-me tão profundamente marcadas e agora, terei que compartilhar-las com uma modernidade. Justamente por ser adepta convencida das novas tecnologias, desconfio desta época de efeitos especiais à profusão, gadgets e atores esteticamente corretos. A obra de Alain-Fournier vai resistir à isso?


K.
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Discovery Channel sobre o Brasil

Enquanto espero o doc que será apresentado no Discovery Channel sobre o Brasil, eu fico aqui sentadinha no meu sofá ao mesmo tempo zapando e navegando na web.
É bem conhecido que todo geminiano é impaciente por natureza e tem tendência à fazer várias atividades ao mesmo tempo. Na Web, descubro esta maravilha: "Parler pour ne rien dire et ne rien dire pour parler sont les deux principes majeurs et rigoureux de tous ceux qui feraient mieux de la fermer avant de l'ouvrir. (Pierre Dac)".

Na tv, em "Tout Le Monde en Parle", dou de cara com um psiquiatra francês em visita à Montreal, sedutor e charmoso, que -oh, finalmente um entre eles, os psi,- questiona o uso de medicamentos em casos de hiperatividade infantil e mesmo depressão ou agressividade adulta também; ele aconselha ATIVIDADES FÍSICAS.... (eu sempre falei isso, tem que sair e andar muito, brincar bastante lá fora, correr e gritar, gritar, viu? Até adulto tem que fazer isso, correr, rir, brincar, gritar, xingar e rir de novo. E comer peixe (muito difícil p/ mim....).

Tem uma frase que não me sai da cabeça, por culpa de Isaías, que me enviou uma msg perguntando sobre a frase e sobre o autor. Meu amigo, esqueci quem foi o autor da mesma, como também esqueci exatamente as palavas, algo como: Quando tenciono falar da coisa mais.... que vi na minha vida, minha lingua enrola, meu......., sou um homem mudo.

Catedral de Chartres e Vitória da Samotrácia




O Francisco pediu-me p/ enviar-lhe fotos de Chartres. P/ quem não sabe, tem 2 coisas que eu não posso deixar de fazer quando vou à Paris: ir no Louvre p/ admirar a Vitória da Samotrácia, e ir em Chartres p/ ver a catedral. Tenho um calor na alma e elevo-me de um grau de humanidade à cada vez que vejo estes dois monumentos; tenho vontade de morrer p/ me fundir com Deus...

Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz

Um grande urra p/ a escolha do Nobel da Paz deste ano : MUHAMMAD YUNUS.

Chamado de "banqueiro dos pobres", ele começou com 27 dólares distribuídos entre 42 fabricantes de móveis de bambu de uma aldeia pobre do Bangladesch, e transformou até agora a vida de 6,6 milhões de pessoas. Isso começou há trinta anos atrás.

Com um doutorado em economia obtido nos Estados Unidos, ele ensinou esta disciplina durante sete anos no Colorado antes de retornar em 1971 ao seu país natal, o Bangladesch. A fome, que estava devastando o país obrigou Muhammad Yunus a mudar o rumo da sua vida. O fato é que enquanto ele estava ensinando teorias econômicas desconectadas com a realidade, seu país enfrentava uma grave crise econômica e várias pessoas estavam morrendo de fome nas ruas. Assim, tomando consciência do quanto era arrogante pretender ter respostas permanecendo numa sala de aula, ele foi aos poucos desenvolvendo um projeto centrado sobre a idéia de emprestar-se dinheiro às pessoas pobres, aquelas que não podiam dar nenhuma garantia em retorno.
Em consenquência, muitas pequenas empresas foram desenvolvidas graças aos seus pequenos empréstimos, e o conceito de microcrédito excedeu as fronteiras do país para ser reproduzido na África.

Reagindo à obtenção do prêmio Nobel da paz, Muhammad Yunus declarou: "É uma notícia fantástica, não somente para mim, mas também para milhões de pessoas no mundo que beneficiaram do microcrédito."

Mesmo se cada atribuição de um prémio Nobel da paz acontece raramente sem controvérsias, a escolha foi aplaudida nos quatro cantos do mundo e todos reconhecem que "o vencedor deste ano fez um trabalho notável na luta contra a pobreza, mesmo se não se pode qualificá-lo de pacifista", diz a nota do Prêmio Nobel.

Alguns criticam o projeto de Muhammad Yunus acusando-o de não incentivar a poupança, uma besteira segundo o meu ponto de vista porque o projeto foi feito p/ pobres e quando vc não tem o que comer, como é que vai pensar em poupar?! Mas outros o defendem partindo do princípio que que uma paz duradoura só pode ser alcançada se uma grande parte da população conseguir sair da pobreza. E foi isso que nos recordou o Comité de Seleção do Prêmio Nobel da paz. " O microcrédito, neste sentido, permite progredir a democracia e os direitos humanos.".

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O começo do frio e as ruas de Montreal, hoje, outono....

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October 13, 2006

O colorido do parque Lafontaine hoje de manhã


O parque Lafontaine ; quando saio à pé, sou obrigada à passar por ele aproveitando o passeio p/ esticar a minha permanência. Passear no parque Lafontaine e na montanha Mont-Royal são dois dos meus grandes prazeres e a chance que eu tenho de morar em aqui em Montreal e no Plateau -outras imagens aqui também, o meu bairro no inverno que lindo e que frio!!!, e aqui, e aqui, e aqui, ... ufa.... e aqui, mas nada como as bicicletas do Plateau aqui, aqui, e aqui também, aqui. O outono do Canadá é lindo porque as folhas vão mudando de cor, do verde ao amarelo e vermelho, até secarem ou simplesmente cairem completamente no chão... mas é tbém deprimente porque começa o frio e a umidade.
As folhas caindo é o anúncio da proximidade do inverno. Agora mesmo o chão da cidade já está cheio de folhas vermelhas e amarelas. E elas vão secando devagarinho p/ dar lugar à neve.

K.
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Meus livros

Minha cozinha no outono






October 11, 2006

Montreal em agosto

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October 08, 2006




The Ghost in your Genes - Discovery Channel

Part 1






Part 2



Part 3

Part 4

Part 5


Teoria da adaptação genética transgeracional proposta pelo professor Marcus Pembrey

Sobre um assunto relacionado, mas no ramo da psicologia transgeracional, leiam a psico-genealogia.


Sou fã de documentários, sobretudo históricos e científicos. Hoje, assisti à um realmente apaixonante de Nigel Paterson sobre genética transgeracional: "Ghost In Your Genes"(Fantasmas nos seus Genes).

O assunto é o seguinte: novas pesquisas sobre a hereditariedade em relação ao meio ambiente levam à teoria da genética transgeracional proposta por Marcus Pembrey, que é professor de genética pediátrica no Instituto da Saúde da Criança, na Universidade de Londres e professor na Universidade de Bristol, aonde ele é diretor de genética no ALSPAC (European Longitudinal Study of Pregnancy and Childhood); foi presidente da Sociedade Européia de Genética Humana. Mais sobre ele.

As últimas evidências nesta pesquisa publicada pela Universidade de Bristol em colaboração com a Universidade de Umeå, na Suécia, sugerem que a hereditariedade genética é influenciada por eventos históricos; em outra, as experiências da vida de nossos antepassados influenciam na formação de nosso material genético.

Num pequeno vilage sueco, chamado Överkalix, existe evidências p/ confirmar esta teoria. Nos registros de nascimentos e mortes dos arquivos históricos da pequena e isolada comunidade, encontrou-se indícios de que períodos críticos de fome na vida dos antepassados pode ter afetado a esperança de vida dos descendentes em 3 ou 4 gerações. Estes estudos foram feitos no início pelo pesquisador sueco Lars Olov Bygren, professor do Departamento de Medicina Social da Universidade de Umeå, na Suécia, que contactou o professor Marcus Pembrey depois de saber de suas pesquisas sobre o genoma humano e continuaram o trabalho em colaboração. Os pesquisadores encontraram assim resultados que sugerem a importância dos cromossomos X e Y: · A disponibilidade de alimentação dos antepassados masculinos é relacionado com a taxa de mortalidade dos homens; · A disponibilidade de alimentação dos antepassados femininos é relacionado com a taxa de mortalidade das mulheres.

Assim, entramos na área da epigenética - influências escondidas nos genes - que podem afetar cada aspecto de nossas vidas (a epigenética investiga a informação contida no DNA, a qual é transmitida na divisão celular, mas que não constitui parte da seqüência do DNA).

Convencionalmente, os cientistas acreditam que nossa biologia depende de dois fatores: os genes (DNA) que nós herdamos de nossos pais e as influências do meio-ambiente tais nossa alimentação, estilo de vida, poluição, etc. Os estudos de Marcus Pembrey, porém, indicam que além do processo de seleção natural que se certifica que a raça humana, em várias gerações, se adapte às mudanças do meio-ambiente, existe evidências de um outro mecanismo que não tinha sido considerado até então: experiências traumatizantes na vida dos nossos antepassados são captadas durante a formação dos óvulos e do esperma, afetando o material genético que vai ser transmitido aos descendentes. Na mulher, como os óvulos são formados ainda no ventre materno, estas experiências são captadas bastante cedo na sua vida; nos homens começa desde os 9 até os 12 anos, mais ou menos. Os descendentes masculinos dos homens que sofreram períodos traumatizantes de fome, por exemplo durante a formação do esperma, viverão à longo prazo um período muito mais longo do que outros homens cujos antepassados diretos não passaram pela mesma experiência (os genes à longo prazo vão se adaptando às condições pelas quais tiveram que passar os antepassados, mesmo se a pessoa ela-mesma nunca passou por tais experiências); o mesmo ocorrerá com as descendentes diretas das mulheres que sofreram esta experiência durante a formação dos óvulos. A teoria do professor Pembrey sugere que esta resposta do sistema é um ajustamento de nosso material genético aos eventos traumatizantes pelos quais passaram nossos antepassados.

Rachel Yehuda é uma especialista em condições que causam um estresse postraumático. Ela é doutora em neuroquímica e neuroendocrinologia e mestre em psicologia biológica e neuroquímica da Universidade do Massachusetts, EUA; tem postdoutorado em psiquiatria biológica pela Escola de Medicina de Yale, e é também professora e pesquisadora da Escola de Medicina Monte Sinai, de Nova Yorque, aonde estudou os efeitos do holocausto nos descedentes das vítimas da segunda grande guerra. Rachel Yehuda começou à estudar os efeitos do estresse em um grupo de mulheres que presenciaram de perto os eventos do 11 de setembro 2001 e que estavam grávidas. Os resultados do estudo, produzido juntamente com Jonathan Seckl, um médico de Edimburgo, Irlanda, sugere que os efeitos do estresse podem ser transmitidos às gerações futuras através de material genético.

Pesquisas na Universidade do Estado de Washington, sugerem que os efeitos tóxicos - como a exposição aos fungicidas ou pesticides - e que causam mudanças biológicas nos ratos, persistem nos genes, ao menos durante quatro gerações.

O professor Wolf Reik, do Instituto Babraham de Cambridge, depois de vários anos, estuda o que chamam de "fantasmas ocultos" em ciências genéticas. Manipulando embriões de ratos de laboratório, ele chegou à conclusão que só o fato de manipular os embriões já era suficiente p/ 'desligar' ou 'ligar' os interruptores genéticos. Ao mesmo tempo, é sabido que crianças concebidas in vitro são 3 0u 4 vezes mais propensas à desenvolver certas doenças genéticas do que crianças que não são concebidas in vitro. Mas não se conhecia uma razão provável p/ isso. Agora, tudo tende à indicar que seja devido a estes 'interruptores' genéticos. Os trabalhos do professor Reik mostram que estes interruptores eles-mesmos podem ser herdados dos antepassados. Isso significa que existe uma 'memória' de um evento que pode ser transmitido em gerações e um simples evento ambiental pode 'ligar' ou 'desligar' algum material genético, e esta mudança mesma se ela for provisória em nossa biologia, pode ser herdada de forma permanente por nossos descendentes. A idéia de que existe uma espécie de interruptor genético que é capaz de ativar e desativar os genes e que este estado de ativação ou desativação pode ele-mesmo ser transmitido geneticamente em estado permanente, é algo novo em biologia.

Em resumo, durante a formação dos óvulos e do esperma, as experiências do meio-ambiente programam a atividade dos genes resultando na activação ou no desaticação de certas necessidades do organismo, o que eles chamam de "interruptores genéticos" que são ativados ou desativados. Assim, o comportamento dos genes são transgeracionais, quer dizer, as experiências dos antepassados podem afetar o desenvolvimento, a saúde e a sobrevivência das gerações futuras.

Existem ainda muitas questões no ar, mas em todo caso, estes trabalhos estão ao centro de um novo direcionamento no paradigma do pensamento científico. A maneira como várias doenças são vistas, assim como as origens destas doenças, a importância do estilo de vida e dos relacionamentos familiares. Enfim, os eventos que uma pessoa vive, a maneira como ela os vive ou o que ela sofre em decorrência destes eventos, não afeta sómente sua própria vida e a vida dos seus contemporâneos, mas pode determinar a saúde física, emocional e mental de seus descendentes em várias gerações. Segundo o professor Marcus Pembrey, "Cada um de nós é o guardião de seu próprio genoma".


K.
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