Writing, Flying and Huevos Revueltos

July 03, 2006

The Devil Wears Prada... O diabo veste Prada

Sábado bem de noitinha eu e a Katu fomos assistir The Devil Wears Prada. O filme é sobre o mundo da moda, então não se assustem se eu usar certas comparações ou superlativos que podem parecer levianos ou superficiais, mas estou só aprofundando o tema. Aliás, é pena que eu não tenha tanto dinheiro -mas mesmo se tivesse NUNCA daria tanto p/ roupas, mas considero realmente que o estilo de cada um deveria expressar sua personalidade própria-. Mas sobre o filme, só gostei de alguns modelitos e do enorme talento de Meryl Streep, que p/ mim é uma das últimas grandes atrizes deste século (uauuuuu), pois o filme parece mesmo é um capítulo longo de Sex in the City, seriado que assisto sobretudo por causa das roupas da Carrie Bradshaw (personagem esquizo e incoerente -fico sempre estarrecida com a mentalidade das americanas sobre a importância do casamento na vida delas; a Miranda é uma chata de galocha e parece uma francesa típica mas sem sex-appeal e com todos questionamentos críticos da raça; gosto mesmo é da Samantha mas não do seu guarda-roupa e tenho simpatia pela Charlotte que tem um quê de aloprada, assim como eu).

Quanto ao The Devil Wears Prada, sem Meryl Streep o filme seria um cruzamento entre Walt Disney e Tom Hanks, com exceção de alguns modelitos que usava Andy Sachs; isso porque em geral não gostei das roupas da Miranda Priestly e nem da maioria das outras personagens com exceção da nova Andy Sachs é claro. E olha que eu tenho classe e sou infinitamente menos chechelenta que a diabólica da Miranda! Mas o pior de tudo foi ver esta mulher esnobe, elegante, exigente, DEVILíssima, prepotente e fina tomar café diariamente em copo de papelão (Starbucks, imagino)! Isso, meu amor, eu com toda a minha classe e mesmo se só visto ZARA e Anne Klein, NÃO FAÇO! Dá p/ ver que a pessoa que escreveu o roteiro não tem a mínima classe ou ninguém na produção deste filme tem, p/ não notar que é um horror uma mulher tão esnobe e fina tomar café em copo de papelão! cruzes!

Em todo caso, o filme é baseado em um livro com o mesmo título e que descreve fatos reais da vida da autora, uma jornalista que eu esqueci o nome e que ocupava o cargo de Segunda-Assistente da diretora da Maison Vogue de N.York, que por sinal é um personagem bem real e segundo as línguas ferinas muito bem descrita e interpretada e que estava presente no lançamento do filme...

Bom, deixando estas coisas podres, saindo do cinema lá pela meia-noite, fomos direto p/ o Club Soda : Bauchklang Sousista, mas estava tãoooooooo difícil de arrumar estacionamento com a cidade tão dionisicamente alvoroçada em celebrações por tudo quanto é lugar, que nós fomos p/ casa do outro Luka, o que se escreve em diminuitivo - p/ quem conhece a figura- conversar sobre a vida e eu trocar algumas idéias sobre a direção que deve tomar o meu scenário.

Outra rapidinha: não sai da minha cabeça que estou devendo algumas coisas p/ a
Loba, de verdade dois textos. O problema é que um deles ainda não foi escrito e o outro está escrito em francês mas mesmo se já comecei à fazer a tradução, quando traduzo meus textos vou modificando porque certas palavras me dizem mais foneticamente do que o significado de uma outra... então o trabalho vai alongando. Sou muito exigente e tenho que dar um tempo p/ observar as palavras e o jogo de sensações entre elas, além é claro de ter que viver abrindo o dicionário português porque estes longos anos sem escrever na língua-mãe me deu uma imensa fragilidade.



Wings: Writing, Flying and Huevos Revueltos
http://montrealswinds.blogspot.com



Copyright©2005/2006 k.s. design. All rights reserved.

Montreal verão summer Festival Jazz




Adoro o verão em Montreal. É nesta época que não tenho vontade de sair daqui, só se for p/ ir para um lago. E a vantagem é que à 1 hora de carro, a gente desfruta de uma vida realmente deliciosa. Nadei, tomei sol, fiz pedalinho, ri bastante com as piadas (os brasileiros meio que decepcionados ainda com o resultado do jogo de anteontem) e escrevi, escrevi e escrevi. Escrevi muito neste domingo mesmo com toda aquela conversa sobre a derrota- o que aliás não influencia em nada a minha vida, só me deixa temporariamente constrangida porque terei que aguentar os franceses, os amigos e os outros, me enchendo o saco por alguns anos à mais (alguns franceses são pentelhos quando o assunto é futebol, ou aliás, vitória deles sobre o Brasil). Finalmente, deu tempo de ir me encontrar com Mai, Hernan e Kim no Festival de Jazz (Mai, por sinal, é francesa. Adoro ela) aonde assistimos um espetáculo ótimo: Donné Roberts (Madagascar).

Já está muito difícil ver os amigos que moram do lado e com quem vivo adiando um rendez-vous... Estou terminando minha série de contos e trabalhando num projeto sobre Tradição Oral - sou sortuda, consegui que Mitsiko Miller e Anne Cataruzza, infinitamente profissionais, gravassem os textos. Então já viram que não dá p/ estar muito disponível não. Em todo caso, eu só vou encontrando algumas pessoas na rua e não tendo tempo de falar com elas mais longamente. Ontem "vi" e falei rapidamente com a linda Viviane (se vc estiver me lendo agora, peço desculpas de não ter podido estar mais com vc no sábado). Com Lilison também foi um alô rápido, mas sei que a carreira dele está indo muito bem- semana passada tinha uma nota no jornal Voir sobre um de seus espetáculos (falando dele, esqueci de contar um caso sobre o poder dos blogs e em cujo tema o Lili está centralizado; mas conto isso em outro post). Breve, todos estão bem pelas bandas de cá, sobretudo com esta luz maravilhosa do sol, né?

Mas o meu amigo Pravaha que eu adoro - e p/ vc faço o impossivel p/ dar todo o meu tempo e meus textos e até minha arte-, cadê vc ?!