Writing, Flying and Huevos Revueltos

September 05, 2006



Dois excelentes filmes da semana: Idlewild e The Illusionist

No último sábado eu assisti dois filmes que me fizeram começar à ter esperanças sobre o renascimento da criatividade e inteligência no cinema - eles são simplesmente geniais!- : The Illusionist, de Neil Burger e Idlewild, de Bryan Barber (com Andre Benjamin e Big Boi, do OutKast).

Idlewild é o exemplo típico de um filme genial, realizado com mãos de mestre e alimentado continuamente por uma criatividade e profissionalismo imensos. Enfim, um filme com um contrôle de qualidade raramente visto nos últimos anos, o que nos permite de submergir com inteligência, prazer e gargalhadas mil, sobretudo, num universo rocambolesco mas que não se perde. E nem nós perdemos o fio da meada. Os efeitos visuais são sedutores e sobretudo inteligentes sem cair no ridículo do exagero que vemos com frequência no cinema dos últimos anos e nos leva por uma viagem prazerosa através de imagens, cores, muitas cores, ótimos atores, uma direção da fotografia cuidadosa e refinada expressa através de imagens esteticamente cativantes, uma música realmente muito boa com músicos e cantores, e dançarinos idem. Enfim, um real prazer!

Alguns dão ao The Illusionist a característica de "romântico", o que eu discordo embora veja claramente que o 'romance' está subentendido na faixada deste filme à mistério. Parece que ele foi feito à partir de um livro que eu não li e por isso não sei se foi bem escrito, mas a história é realmente envolvente. Não contarei nada, como não conto a história de Idlewild, porque o interessante é ir descobrindo os personagens e os laços entre eles por si mesmo. O 'romantismo' no filme é completamente obsoleto pois serve apenas como desculpa p/ contar uma história que é extremamente bem contada através de uma narração quase omnipresente e meios técnicos, ainda uma vez, sedutores e inteligentes: os efeitos especiais, controlados, servem como complemento p/ ilustrar e nos ajudam à submergir dentro da história sem ridicularisar e nem nos obrigar à fazer abstração de nossa inteligência.