Writing, Flying and Huevos Revueltos

March 14, 2007

Roy Dupuis e o peru do Gary Siniser

Roy

Roy Dupuis

Aonde surrupiei esta imagem, não constava o nome do fotógrafo... désolée.

Estou cá com meus miolos pensando no peru do Gary Siniser, ele que me desculpe, mas olhando p/ o rosto do cara eu não sei o porquê, mas só fico pensando que ele deve ter um peru fino e longo. Esta idéia me vem à cada vez que vejo CSI:NY. Não exatamente por culpa dele mas porque prefiro CSI:Miami e tbém porque acabo não acreditando na história pois antes de tudo me vem esta imagem e eu fico rindo ironizando o filme e o sério do ator que se esforça p/ eu acreditar na ação de todas aquelas tragédias de NY... mas eu tbém fico me perguntando porquê vejo tal coisa, eu... Acho que tem a ver com os traços físicos do ator ou provavelmente com minhas discriminações raciais ou étnicas, sei lá... pois vejo nele um jeito de irlandês. Mas, quem disse que irlandês tem peru fino e longo? Afinal, o quê me faz lembrar de um peru assim?

Tive, há anos atrás, um namorado escritor irlandês que tinha no rosto algo que me faz pensar nele. Mas só no rosto. Não consigo saber exatamente o quê. Imagino que seja uma expressão, um sorriso meio apertado, uma sombrancelha que arquea, uma pele muito branca. Ou aquela coisa meio "pogné", como dizem os franco-canadenses para exprimir alguém que carrega uma permanente tensão. É isso! Uma tensão constante. Enfim, esse rapaz era escritor e por uma coincidência tinha acabado de terminar um caso com uma atriz, uma menina que trabalhou no filme "La Passion Béatrice", um filme lindíssimo, por sinal, e de uma tragédia tão profunda que a menina entrou em depressão depois do filme.

Então, começo a rir de mim mesma porque foi ligando a televisão que eu dei de cara com o ator e ele me faz lembrar sempre que é um ator, não um personagem. Aí, volto a ver outra imagem que tbém me faz rir e tem a ver também com quem eu dei de cara hoje à tarde quando fui tomar café na padaria aqui do lado de casa. Eu estava sentada num dos banquinhos conversando com a proprietária quando a porta se abriu e instintivamente olhei na direção da porta mais por falta de opção porque o local é tão pequeno que não tenho muita escolha... eu olho e ele tbém me olha com aqueles olhinhos charmosos e que o tempo enrugou; no seu rosto uma preocupação e no meu uma surpresa pois dou de cara com o ator Roy Dupuis. E ainda por cima exclamo: "Ah! l'acteur!". Ele olha p/ mim, abaixa os olhos, sério, em silêncio. Eu me desculpo: "Excusez-moi". Ele me responde balançando a cabeça, se desculpando por sua vez, meio sem graça, talvez de sua reação. No momento, eu imagino que ele olha p/ o chão porque não tenho mais coragem de encará-lo, ao contrário, me forço à olhar na outra direção. Fico olhando p/ a geladeira. Esta timidez me vem também porque me lembro dele de um outro tempo e eu tenho essa coisa meia doentia de empatia. Pois de verdade, quem olha o chão sou eu, envergonhada. Mesmo assim ele me responde:"Non... ce n'est rien".

Sabem quem é ele? o
Michael do seriado La Femme Nikita.

Aí nós ficamos lá na padaria, apertadinhos porque o local é lindo mas miudinho, ele do meu lado, e eu fingindo que era normal ficar do lado do ator de "Being at Home with Claude" ouvindo ele pedir um café e 4 croissants e fazendo o possível p/ não o encarar. Visivelmente, ele não queria ser reconhecido e eu não queria incomodar. Eu, Norma, Lâmia e uma outra cliente, e ele... todos em silêncio, fingindo que não é o Roy Dupuis que está ali...
Fiquei toda tímida, igual à ele há uns 15 anos atrás, na época em que eu ia dançar no Lezard, uma boîte underground que ficava na esquina Rachel/Saint Denis e aonde eu trabalhava com
Body Painting... pois eu tinha um amigo que era trapezista e que tbém trabalhava lá, e assim, eu ganhava um dinheirão p/ pintar o corpo dele em direto, lá no Lezard; trabalhava uma hora pintando e o resto da noite eu ia p/ a pista de dança ou voltava p/ casa; além do salário, muito bom, eu tinha todo consumo e a entrada grátis (nunca fui de bbr, e de verdade, não se pagava p/ entrar, mas era difícil pois eles escolhiam a clientel, mas eu nunca fiquei na fila, mesmo antes de começar à trabalhar lá com Body Painting), e assim fui pagando a minha universidade. Aliás, a performance, subversiva e anti-convencional p/ a época, era muito interessante pois eu acabava conversando com uma porção de gente que admirava a minha pintura.
E ele, o Roy Dupuis, também frequentava o local.

Pois então, na época, eu achava ele meio engayzado, n~ao propriamente afeminado. Agora, ele tem um jeito másculo, com rugas e tudo, o que lhe dá um charme louco, sendo mais bonito e mais interessante agora do que naquele tempo quando, imagino, ele trabalhava no personagem Yves e devia frequentar o Lezard encarnando o personagem. Lembro-me de sua calça de couro apertada e cheia de metais e de suas botas de salto e bico fino; ele andava e tudo se mexia, meio desengonçado; me pareceu ser um gay tímido e inseguro, certo que todo mundo estava sacando a sua presença, evidente pois ele já era muito famoso. Então, eu fico pensando como é difícil ser ator, como se deve ter uma personalidade forte e segura.

Agora que eu escrevi o que devia escrever, isso que os dedos não podem deixar de falar, eu fico me questionando sobre a relação entre o meu antigo namorado, o Roy Dupuis e o peru do Gary Siniser.



















Aonde surrupiei esta imagem, não constava o nome do fotógrafo... désolée.



Estou cá com meus miolos pensando no peru do Gary Siniser, ele que me desculpe, mas olhando p/ o rosto do cara eu não sei o porquê, mas só fico pensando que ele deve ter um peru fino e longo. Esta idéia me vem à cada vez que vejo CSI:NY. Tanto que não gosto de ver a série, não exatamente por culpa dele mas porque prefiro CSI:Miami; mas tbém porque acabo não acreditando na história pois antes de tudo me vem esta imagem e eu fico rindo ridicularizando o filme e o sério do ator que se esforça p/ eu acreditar na ação de todas aquelas tragédias de NY... Mas eu fico me perguntando porquê vejo tal coisa, eu, que nunca fiquei imaginando que tipo de peru um homem teria.

Acho que tem a ver com seus traços físicos... talvez com minhas discriminações raciais ou étnicas, sei lá... pois vejo nele um jeito de irlandês. Mas, quem disse que irlandês tem peru fino e longo? Afinal, o quê me faz lembrar de um peru assim?

Confesso que tive, há anos atrás, um namorado que tinha algo que me faz pensar nele, mas só no rosto. Não consigo saber exatamente o quê. Imagino que seja uma expressão do rosto, um sorriso meio apertado, uma sombrancelha que arquea, uma pele branca... aquela coisa meio "pogné". Esse namorado era escritor e por uma coincidência tinha acabado de terminar um caso com uma atriz, uma menina que trabalhou no filme "La Passion Béatrice", um filme lindíssimo, por sinal, e de uma tragédia tão profunda que a ex do meu atual ex entrou em depressão depois do filme. Só não vou dizer quem é ela p/ algum dia não ficarem chamando o cara de peru fino.
De verdade, ele não tinha, mas não dou detalhes da coisa.

Então, começo a rir de mim mesma porque foi ligando a televisão que eu dei de cara com o ator e ele me faz lembrar sempre que é um ator, não um personagem. Aí, volto a ver outra imagem que tbém me faz rir e tem a ver também com quem eu dei de cara hoje à tarde quando fui tomar café na padaria aqui do lado de casa. Eu estava sentada num dos banquinhos conversando com a proprietária quando a porta se abriu e instintivamente olhei na direção da porta mais por falta de opção porque o local é tão pequeno que não tenho muita escolha... eu olho e ele tbém me olha com aqueles olhinhos charmosos e que o tempo enrugou; no seu rosto uma preocupação e no meu uma surpresa pois dou de cara com o ator Roy Dupuis. E ainda por cima exclamo: "Ah! l'acteur!". Ele olha p/ mim, abaixa os olhos, sério, em silêncio. Eu me desculpo: "Excusez-moi". Ele me responde balançando a cabeça, se desculpando por sua vez, meio sem graça, talvez de sua reação. No momento, eu imagino que ele olha p/ o chão porque não tenho mais coragem de encará-lo, ao contrário, me forço à olhar na outra direção. Fico olhando p/ a geladeira. Esta timidez me vem também porque me lembro dele de um outro tempo e eu tenho essa coisa meia doentia de empatia. Pois de verdade, quem olha o chão sou eu, envergonhada. Mesmo assim ele me responde:"Non... ce n'est rien".

Sabem quem é ele? o Michael do seriado La Femme Nikita.

Aí nós ficamos lá na padaria, apertadinhos porque o local é lindo mas miudinho, ele do meu lado, e eu fingindo que era normal ficar do lado do ator de "Being at Home with Claude" ouvindo ele pedir um café e 4 croissants e fazendo o possível p/ não o encarar. Visivelmente, ele não queria ser reconhecido e eu não queria incomodar. Eu, Norma, Lâmia e uma outra cliente, e ele... todos em silêncio, fingindo que não é o Roy Dupuis que está ali...
Fiquei toda tímida, igual à ele há uns 15 anos atrás, na época em que eu ia dançar no Lezard, uma boîte underground que ficava na esquina Rachel/Saint Denis e aonde eu trabalhava com Body Painting... pois eu tinha um amigo que era trapezista e que tbém trabalhava lá, e assim, eu ganhava um dinheirão p/ pintar o corpo dele em direto, lá no Lezard; trabalhava uma hora pintando e o resto da noite eu ia p/ a pista de dança ou voltava p/ casa; além do salário, muito bom, eu tinha todo consumo e a entrada grátis (nunca fui de bbr, e de verdade, não se pagava p/ entrar, mas era difícil pois eles escolhiam a clientel, mas eu nunca fiquei na fila, mesmo antes de começar à trabalhar lá com Body Painting), e assim fui pagando a minha universidade. Aliás, a performance, subversiva e anti-convencional p/ a época, era muito interessante pois eu acabava conversando com uma porção de gente que admirava a minha pintura.
E ele, o Roy Dupuis, também frequentava o local.

Pois então, na época, eu achava ele meio engayzado. Agora, ele tem um jeito másculo, com rugas e tudo, o que lhe dá um charme louco, sendo mais bonito e mais interessante agora do que naquele tempo quando, imagino, ele trabalhava no personagem Yves e devia frequentar o Lezard encarnando o personagem. Lembro-me de sua calça de couro apertada e cheia de metais e de suas botas de salto e bico fino; ele andava e tudo se mexia, meio desengonçado; me pareceu ser um gay tímido e inseguro, certo que todo mundo estava sacando a sua presença, evidente pois ele já era muito famoso. Então, eu fico pensando como é difícil ser ator, como se deve ter uma personalidade forte e segura.

Agora que eu escrevi o que devia escrever, isso que os dedos não podem deixar de falar, eu fico me questionando sobre a relação entre o meu antigo namorado, o Roy Dupuis e o peru do Gary Siniser.

Mistério total na Babel

Gente, vcs lembram do meu post que eu chamei de Babel, de novembro 2006? Pois é, depois de ter ficado viajando durante quase 4 meses, ao chegar em Montreal eu comecei à ouvir um BB chorando sem parar em casa. Aí fiquei sabendo que os alemães tiveram um filho... que não foi adotado. Como é que pode que a última vez que vi a mulher em novembro, ela não tinha barriga nenhuma... mistério total. Como pode alguém ter um filho e os vizinhos mais próximos não saberem que a mulher está grávida nem verem barriga? Só em país frio acontece isso...