Writing, Flying and Huevos Revueltos

April 27, 2007

Loti

Abri a revista História e dei de cara com uma foto antiguíssima de Pierre Loti, em 1890, de bigodão, sério, braços cruzados e pelado! O homem era um tesão! Só não coloco a imagem aqui porque estou com problemas com o scanner. E era bonito de rosto tbém, tirando o bigode. E o pior é que na foto ele tinha mais de 40 anos e com aquele corpaço, numa época que nem o pescoço a gente mostrava...

E fiquei sabendo mais coisas que estão balançando a minha imaginação... vai ver que eu fui ele numa vida passada... rsos.

Oficial da marinha francesa, ele encontrou na Turquia, em 1877, uma odalisca de olhos verdes, bela e séria, com a qual ele viveu, aos 26 anos de idade, uma paixão desenfreada que o seguiu toda a vida; pertencendo ao harem de um destes turcos velhos e podres de rico, a amante do escritor, que se chamava Aziyadé, morreu de tristeza depois da separação forçada. Para ela, ele escreveu, em 1879, uma das mais belas histórias de amor jamais escrita.

Reporter, escritor, pintor, fotógrafo e desenhista de talento, o nome "Loti" é, de verdade, um apelido; é o nome de uma flor que se esconde ao contato humano, dizem, de vergonha e timidez; foi dado por causa da extrema timidez do escritor quando jovem.

Mas esse é o lado profundo de Loti; o outro, que me faz voltar ao início deste post, é fanfarrão : em 1890, furioso da fofoca que corria entre os acadêmicos de que ele usava uma cinta para afinar o corpo (invejosos de que um intectual tenha um corpo tão atlético e esculpido…) , Loti enviou à todos os seus colegas « imortais » da academia francesa e à imprensa, uma foto aonde ele só vestia o traîte do tal cacha-sexo!