September 21, 2005
The bird flies between the past and the present
Even though I didn't have defined the choreography precisely, I had, on the other hand, the whole project in my mind. In addition, I had with me a camera and my notes. then, I explained her my idea about the main character and she began her interpretation. While I was shooting, I was touched indeed by Martine's interpretation. She knew how to describe with accurateness this wounded bird woman that I saw in my dreams.
The bird flies between the past and the present. His body is a shade. He has been nearly destroyed and does not remain almost anything more than his mind stripped of his body. Resuscitate is for her a way of flying. Her ties with the earth allow this transformation.
While trying to remove her skin, this complex and melancholic creature wants to reborn from her own ashes.
Interessante história de um quadro de família
O quadro ficava na sala de jantar da casa de minha avó Milota, casa que não existe mais, que foi destruída, obrigando todos os fantasmas a abandonarem suas paredes e se isolarem em um lugar aonde não posso mais aceder à suas lembranças. Eles foram para sempre perdidos!
Quando criança, eu sabia que o casal da foto eram pessoas longínquas, tão longínquas e imponentes que estar na sala sózinha com esta e as outras fotos penduradas no muro era estar cercada de fantasmas. Assim, eu lhes adressava um respeito temeroso.
As duas fotos do casal que eu coloquei nesta página são detalhes do quadro que é por sua vez uma colagem aonde consta também a fazenda Rio do Peixe, uma das propriedades da família. É este o quadro original que guardo comigo em Montreal. Ele foi feito à partir de duas fotos originais do casal, tiradas separadamente, de 1860, e que são parte integrante do álbum de Elóy que está em minha possessão. A terceira imagem, que retrata a fazenda, também está no álbum.
Segundo as lembranças do jornalista Adail de Oliveira, primo de minha mãe, e que remotam à sua infância, o quadro ficava numa das salas do Sítio Califórnia, em Juiz de Fora, de propriedade de meu bisavô Elóy. Este quadro foi-me ofertado por meu tio-padrinho, José Carlos de Oliveira, em janeiro de 2004, quando eu passei de surpresa para visitá-lo em Três Rios.
Consta uma anotação no verso do quadro que diz o seguinte: "Foto do Coronel Antônio Carlos de Oliveira".
Um dos netos do Coronel Antônio Carlos de Oliveira era meu avô, Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, que também deixou a seguinte anotação atrás do quadro : "Recebi este quadro em lembrança de meus avós maternos, e o mesmo foi-me oferecido por Ignacia e Laura em 13 de outubro de 1964. "
Ignácia e Laura eram suas irmãs, filhas de Elóy e Anna.
Abaixo da anotação de meu avô, existe uma outra anotação: "Em 11 de agosto de 1984, o mesmo foi doado à José Carlos de Oliveira, filho de Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira."
As fotos do casal datam da época do casamento, 1862. As da fazenda, de 1872. Recebi o quadro em 1 de janeiro de 2004. Chegando em Montreal, percebi, ao lendo as anotações do verso, que o quadro mudou de proprietário de 20 em 20 anos exatamente: 1964, 1984, 2004!
No verso também está escrito que o qudro foi roubado e vendido mas que Billo e Ignácia conseguiram reavê-lo. Quem roubou? Quem é Billo?
Les belles images - Art Memory - a foto mais antiga do álbum
"Álbum de Photografias de Elóy Praxedes de Braga" (segundo a grafia antiga)
Estou trabalhando no "Álbum de Photografias de Elóy Praxedes de Braga", um site web aonde colocarei à disposição da família e das pessoas interessadas em imagens e memória, algumas das fotos de um dos sete álbuns de fotografias deixado por meu bisavô.
Elóy Praxedes de Braga e Anna Cândida da Cunha, meus bisavós maternos, deixaram um acervo de fotografias datando dos primórdios do advento desta arte no Brasil e se alastrando por mais de 100 anos; registros fotográficos tirados entre 1840 e 1940, fornecendo para as gerações futuras um farto arquivo visual da época.
As fotografias disponíveis não são mais que uma ínfima parte de um dos álbuns de Elóy, o qual me foi ofertado por Nilda de Oliveira, minha tia materna. Sendo trabalho longo a arquivagem e documentação (procura de dados genealógicos que acompanha as mesmas) de tais fotografias, obrigatoriamente o projeto terá que ser desenvolvido aos poucos.
As fotos se inserem num conjunto de produções imagéticas do século XIX, o qual faz surface à partir de 1860 com o surgimento de um grande número de ateliês fotográficos em várias cidades do país, sobretudo no Vale do Paraíba.
Recapitulando um pouco da história da fotografia, sabemos que em 1839 o daguerreótipo é reconhecido como o primeiro registro fotográfico, porém em cópia única, chegando ao Brasil em 1840, apenas poucos meses depois de sua difusão na Europa. A fotografia chega ao país simultaneamente ao seu lançamento na França. Com o advento da era ferroviária e o fácil acesso entre São Paulo e Rio de Janeiro, os costumes se difundem com maior facilidade e, graças à grande expansão cafeeira, vários estúdios de fotografias vêem o dia.
As fotografias do álbum retratam a história da família do casal, que eram primos e pertencentes às famílias "da Cunha" "de Oliveira", "Rodrigues", "de Paula", "de Braga", "Mello", oriundos da Zona da Mata Mineira e Sertão da Mantiqueira (Juiz de Fora, Barbacena, Conceição de Ibitipoca, Santa Rita de Ibitipoca, Lima Duarte, São João Del Rei).