Algumas pessoas me escreveram perguntando mais coisas sobre as sibilas. Deixa só eu dizer que elas não fazem parte da lenda, não, pois são antes de tudo parte da História da humanidade. Verdade! As sibilas existiram bel et bien! E foram muito ouvidas e respeitadas no mundo antigo, sendo sempre consultadas pelos governantes das nações, à ponto que após o grande incêndio do templo de Júpiter Capitolino, o famoso Capitólio, várias missões foram enviadas aos países supostos alojar sibilas afim de reconstituir os "livros sibilinos" destruídos neste incêndio. Assim, tanto o mundo pagão quanto a primitiva igreja cristã davam extrema importância aos oráculos sibilinos. Algumas versões dizem que São João foi grandemente influenciado pela tradição sibilina em suas visões do Apocalipse.
Efim, pesquisei bastante, na época em que estava trabalhando na realização de meu video e as informações foram úteis p/ vários outros trabalhos.
P/ quem não sabe muito, ou nada, aí vai um pouco:
Efim, pesquisei bastante, na época em que estava trabalhando na realização de meu video e as informações foram úteis p/ vários outros trabalhos.
P/ quem não sabe muito, ou nada, aí vai um pouco:
A imagem da sibila era conhecida desde a antiga Grécia; a raiz etimológica da palavra grega Sibylla (Profetiza) vem do sânscrito Shramana, o que significaria "ser iluminado" ou "mulher sábia". A palavra faz referência à certas mulheres que tinham o dom da profecia, mulheres transmitiam os oráculos mas numa linguagem enigmática, o que deu o qualificativo de "sibilino" à escritos ou palavras obscuras, enigmáticas. Contrariamente à outras sacerdotizas oraculares, as sibilas foram mulheres independentes, não se prendendo à nenhum homem, família ou cidade em particular, pois viviam a maior parte de suas vidas numa existência itinérante, caso único no mundo antigo.
Vários textos afirmam que uma das mais antigas, igualmente a mais famosa, foi a sibila de uma região na Eritréia, na Ásia Menor! Lá, existe um problema geográfico que muitos parecem ignorar, pois a Eritréia é um país africano! Alguns escritos chegam a afirmar que a Eritréia da sibila seria uma cidade... Bom, ou estas pessoas estão copiando erros indefinidamente e não se preocupam com a fidelidade das informações que conseguem, ou a Eritréia em questão seria realmente uma cidade na Ásia Menor, ou a sibila em questão viveu na Eritréia, país, mas era originária da Ásia Menor. A realidade é que este é um dos mistérios que uma pesquisa mais profunda resolveria, mas ainda não cheguei lá.
Sabe-se que até o primeiro século antes de JC existiram doze sibilas:
Sibila da Eritréia
Sibila de Tibur (hoje Tivoli onde existe ainda o seu templo)
Sibila do Helesponto
Sibila da Anatólia
Sibila da Pérsia
Sibila da Líbia
Sibila Cimeriana, nascida na beira do Mar Negro.
Sibila de Delfos
Sibila de Samos (da ilha de Samos).
Sibila do Egito
Sibila de Marpessos (perto de Troia, hoje Turquia), ela se exprimia, segundo Héraclito, "de uma boca delirante, sem sorrir, sem ornamentos, sem pinturas e sua voz que chega para além de mil anos graças ao Deus"; ela "escrevia seus oráculos diretamente em folhas de plantas".
Sibila de Cumes (perto de Nápoles).
Sabe-se que até o primeiro século antes de JC existiram doze sibilas:
Sibila da Eritréia
Sibila de Tibur (hoje Tivoli onde existe ainda o seu templo)
Sibila do Helesponto
Sibila da Anatólia
Sibila da Pérsia
Sibila da Líbia
Sibila Cimeriana, nascida na beira do Mar Negro.
Sibila de Delfos
Sibila de Samos (da ilha de Samos).
Sibila do Egito
Sibila de Marpessos (perto de Troia, hoje Turquia), ela se exprimia, segundo Héraclito, "de uma boca delirante, sem sorrir, sem ornamentos, sem pinturas e sua voz que chega para além de mil anos graças ao Deus"; ela "escrevia seus oráculos diretamente em folhas de plantas".
Sibila de Cumes (perto de Nápoles).
Enfim, elas foram muitas e permaneceram até os tempos do Império Romano, deixando consignadas grande quantidade de predições em livros oraculares. Para se ter uma ideía da importância que estes livros tinham p/ os romanos, basta dizer que eram conservados devotamente no Capitólio, considerado a primeira residência dos deuses romanos e templo de Jupiter, situado no local mesmo aonde Rômulo, seundo a lenda, decidiu construir Roma. Eles eram consultados apenas em ocasiões excepcionais.
Estes "Livros Sibilinos" foram ofertados de forma estranha ao último rei de Roma: teriam sido vendidos pela Sibila de Cumes à Tarquínio, O Magnífico, último rei de Roma, no século V d.C. Naquela época, os reis podiam ser visitados e não era raro que pedidos fossem feitos diretamente à eles em audiências abertas ao púlico. A história conta que a Sibila de Cumes veio até Tarquínio com nove livros misteriosos e pediu-lhe em troca deles uma enorme soma. O rei caçoou da velha pobre que estava à sua frente e mandou-a embora. Fora do palácio, ela fez um fogo e queimou três dos livros na frente dos guardas e enviou uma mensagem ao rei: ele poderia comprar os seis restantes pela mesma soma. Tarquínio riu ainda mais, recusando sempre pagar. A Sibila de Cumes então queimou três outros livros e ofereceu-lhe os três últimos pelo mesmo preço. Desta vez, Tarquínio consultou um conselho de sacerdotes que lamentaram a perda dos seis livros e aconselharam-no à comprar os restantes.
Estes três livros ficaram no templo de Júpiter até serem destruídos num grande incêncio ocorrido no local entre os anos 395 e 423 de nossa era. Depois deste incêndio, várias missões foram enviadas em toda parte do mundo conhecido p/ consignarem os conhecimentos das sibilas existentes. Após a destruição destes livros originais e na época dos primeiros cristãos, começou a circular nas diferentes regiões do Mar Mediterrâneo, uma série de 12 livros conhecidos sob o nome de Oráculos Sibilinos, que estes primeiros cristãos vão, gradualmente, apoderar, integrando a imagem da Sibila e des suas profecias pagãs, que serão interpretadas sob um ponto de vista cristão; aos livros oraculares sibilinos pagãos foram interpolados versos cristãos que eram incluídos ou simplesmente trocados, tendo eles palavras apagadas ou reutilizadas p/ servir a causa cristã. Entre eles, encontramos um poema sobre o fim dos tempos que é em realidade um acrostiche (versos cujas letras iniciais compoem uma palavra). Ora, o acrostiche deste poema em particular resulta na fórmula (em grego): « Iesus Xrist, Filho de Deus, Sauvador». I X O Y S, ou peixe simbólico. Atribuído à Sibila de Eritréia, este fragmento foi citado pelo imperador Constantino, traduzido em latim e usado num sermão cuja autoria foi muito tempo atribuída à santo Agostinho.
Estes "Livros Sibilinos" foram ofertados de forma estranha ao último rei de Roma: teriam sido vendidos pela Sibila de Cumes à Tarquínio, O Magnífico, último rei de Roma, no século V d.C. Naquela época, os reis podiam ser visitados e não era raro que pedidos fossem feitos diretamente à eles em audiências abertas ao púlico. A história conta que a Sibila de Cumes veio até Tarquínio com nove livros misteriosos e pediu-lhe em troca deles uma enorme soma. O rei caçoou da velha pobre que estava à sua frente e mandou-a embora. Fora do palácio, ela fez um fogo e queimou três dos livros na frente dos guardas e enviou uma mensagem ao rei: ele poderia comprar os seis restantes pela mesma soma. Tarquínio riu ainda mais, recusando sempre pagar. A Sibila de Cumes então queimou três outros livros e ofereceu-lhe os três últimos pelo mesmo preço. Desta vez, Tarquínio consultou um conselho de sacerdotes que lamentaram a perda dos seis livros e aconselharam-no à comprar os restantes.
Estes três livros ficaram no templo de Júpiter até serem destruídos num grande incêncio ocorrido no local entre os anos 395 e 423 de nossa era. Depois deste incêndio, várias missões foram enviadas em toda parte do mundo conhecido p/ consignarem os conhecimentos das sibilas existentes. Após a destruição destes livros originais e na época dos primeiros cristãos, começou a circular nas diferentes regiões do Mar Mediterrâneo, uma série de 12 livros conhecidos sob o nome de Oráculos Sibilinos, que estes primeiros cristãos vão, gradualmente, apoderar, integrando a imagem da Sibila e des suas profecias pagãs, que serão interpretadas sob um ponto de vista cristão; aos livros oraculares sibilinos pagãos foram interpolados versos cristãos que eram incluídos ou simplesmente trocados, tendo eles palavras apagadas ou reutilizadas p/ servir a causa cristã. Entre eles, encontramos um poema sobre o fim dos tempos que é em realidade um acrostiche (versos cujas letras iniciais compoem uma palavra). Ora, o acrostiche deste poema em particular resulta na fórmula (em grego): « Iesus Xrist, Filho de Deus, Sauvador». I X O Y S, ou peixe simbólico. Atribuído à Sibila de Eritréia, este fragmento foi citado pelo imperador Constantino, traduzido em latim e usado num sermão cuja autoria foi muito tempo atribuída à santo Agostinho.
Versões musicadas de algumas profecias sibilinas foram encontradas nos monastérios de Saint-Martial de Limoges (séculos IX e X) e de Saint Oyan (séculoXIII), na França. À partir do século XIII, o Canto da Sibila já era executado nos corais das igrejas de toda Europa, em latim vulgar, na lingua occitana, em catalão e em castelhano. Em certas regiões, a tradição de representar o canto sibilino em forma teatral e em corais permaneceu até o século XVIII; em Majorca, esta tradição permanece até os nossos dias.
Interessante:
Na Capela Sixtina, no Vaticano, Michelangelo pintou cinco profetas alternados com o mesmo número de sibilas, cada profeta fazendo par com a sibila da parede oposta: a sibila de Delfos com Joel, Isaías com a sibila de Eritréia, a sibila de Cumes com Ezekiel, Daniel com a sibila Pérsica e a sibila da Líbia com Jeremias.
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Un peu de retenu, SVP! LOL :))